Ontem, durante o evento «Semeando...», organizado pelo Centro de Documentação do Pão, a par de muitos outros momentos (também) importantes, um houve que nos merece um destaque especial pelo que de «novo» trouxe ao «Alentejo do Pão e da Razão».
Referimo-nos ao momento em que, no decurso da sua comunicação, Luís Filipe Rocha assinalou, com tanto de humildade como de frontalidade, «o Manuel da Fonseca que guarda na sua memória».
Aqui deixamos esse apontamento da História contemporânea do Alentejo saqueado por hordas de malfeitores, mas ainda bafejado, de tempos a tempos, pelo perfume de Homens dignos. Como o Luís!
http://www.youtube.com/watch?v=UpmK8KtwudY
E foi outro Homem digno, humano, fraterno e simples, como o Manel e o Luís, que «encerrou» esta sementeira de ideias; o Ti Limpas, Manuel Veladas de seu nome, Presidente da Assembleia Geral do Centro de Documentação do Pão. Fê-lo glosando o mote A POESIA É UMA ARMA/que defende a Liberdade/não há mentira que valha/a grandeza da verdade.
Quero acreditar que, perante o que se passou, Manuel da Fonseca «voltou ao Largo» para pedir à «sua Banda» que o acompanhasse com o Luís Filipe Rocha e o Ti Limpas num brinde, com tinto, ao Pão da Confraria.
E se os deuses lho não permitiram por censura, semelhante à que se abateu sobre a AEP quando «medalhou» Luandino, que saiba que, com Pão e Vinho por nós produzido, o Tonico Rações, o João Rodrigo, o Zé Det, o Godinho e mais um punhado de amigos, com muitos outros no coração, fizeram-no ao som do «Alentejo Terra Sagrada do Pão» cantado pelas mulheres do Grupo Coral Feminino de Viana do Alentejo, que, vá lá adivinhar-se porquê, tinham as vozes muito mais maviosas que de costume...